JOGADOR URUGUAIO E A EPOPEIA DA ÁFRICA DO SUL




A Gana de Suárez (2 de julho de 2010)

Trinta minutos do segundo tempo da prorrogação.
Nem no basquete um foi lance foi decidido em segundos tão derradeiros.
Um chute atômico consumindo todos os urânios enriquecidos e concentrados em pés e panturrilhas afros.
O centro-avante, o aríete em posição inversa, fecha, lacra os portões de sua nação celeste. Com os pés, o nove que adora treinar com a 1, tira da linha.
Novo ataque. Novo chute, nova defesa em cima da linha. Mãos no lugar dos pés salvam o gol mortal.
Pênalti!
Expulsão imediata e inquestionável do atacante-goleiro.
Festa de tambores africanos.
Bandoneóns abandonados nas cadeiras de um estádio em suspense.
Até os cronômetros travaram.
Os celestes, turvos pelas nuvens negras ao redor.
Goleiro a postos.
Bola na cal.
Bola no… travessão!
O jogo termina. E a vitória certa cerca-se de sombras.
No estádio, um encontro de tribos eternas inimigas, em ternos e fraternos abraços e laços.
Não existe mais oponente de jogo.
Daqui para a frente é um duelo de vida e morte.
Na margem do campo, o marginal das mãos manchadas contorcia-se de  dor e esperança.
Ele sabia que só lhe restava este recurso. Absolvido por legítima defesa da honra de uma nação inteira.
Os pênaltis alternam-se com alta precisão.
O primeiro erro.
Uruguai na frente com a defesa legítima não conseguida no final da prorrogação.
O derradeiro chute nos pés de Loco Abreu (nem o mais delirante e exagerado roteirista de uma ópera italiana faria mais dramático).
E nada Abreu e completamente louco ele bate como quem lança uma bolinha de gude com o polegar dos pés.
A rede acolhe a bola com braços de mãe.
Fora do campo brilhava o herói.
Como todo herói, sempre solitário.
Sempre cúmplice de um louco.

Autor: Fernando Piccinini

Em espanhol, use o Tranlate

Luís Suárez (histórico: 01/12/22): “Ghana tuvo un penal para ganar el partido y lo falló. No lo erré yo”, dijo cuando le consultaron si pensó en disculparse con Ghana.

 “No tengo que disculparme. Yo la toqué con la mano y el jugador de Ghana tuvo un penal para ganar el partido y lo falló. No lo erré yo”

“Podría pedir disculpas si lesiono a un jugador, pero en esa ocasión me echaron y el rival tuvo un penal. No fue culpa mía. Si el jugador que erró ese penal hubiera estado en mi situación, hubiese hecho lo mismo que hice yo”


Postagens mais visitadas deste blog

CALCIATORE URUGUAIANO LUCAS TORREIRA

EL ARQUERO URUGUAYO LUIS MARÍA MAIDANA

JUGADOR URUGUAYO JOSÉ FRANCISCO SASÍA