JOGADOR URUGUAIO NICO LÓPEZ
Nicolás Federico López Alonso, mais conhecido como Nicolás López, ou simplesmente Nico López(Montevidéu, 1 de outubro de 1993), é um futebolista uruguaio que atua como atacante. Atualmente joga pelo Internacional.
López começou sua carreira no futebol na base do Montevideo Wanderers, mas foi originalmente rejeitado depois que ele foi considerado não ser fisicamente forte o suficiente para jogar profissionalmente. Depois disso, foi para a base do Nacional.
Em 24 de abril de 2011, depois de ser promovido pelo técnico Juan Ramón Carrasco, López fez sua estreia aos 17 anos em um jogo contra o Central Español, onde também marcou seu primeiro gol como profissional.
Em agosto de 2011, López esteve envolvido em uma briga com o Nacional. Depois de vários desentendimentos com o clube, seu empresário pagou a multa rescisória junto ao Nacional e o levou para a Roma.[2] Fez sua estreia na Serie A no dia 26 de agosto de 2012 logo marcando um gol contra o Catania nos últimos minutos de jogo, dando o empate a Roma.
Após ser comprado pela Udinese e ter jogado a temporada 2014–15 pelo Verona, foi emprestado ao Granada. Em janeiro de 2016, voltou ao seu clube de coração, o Nacional. Teve um início arrasador no Torneio Clausura, marcando 5 gols nos 5 primeiros jogos. Pela Copa Libertadores, marcou no empate em 1 a 1 contra o Rosário Central no Gigante de Arroyito e na vitória por 2 a 1 contra o Palmeiras, no Allianz Parque. Na abertura do returno do grupo, voltou a marcar contra o Palmeiras, dessa vez no Gran Parque Central.
No jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, marcou o primeiro gol contra o Corinthians, na Arena Corinthians, jogo que classificou o Nacional as quartas de final após empate em 2 a 2.
Internacional
No dia 19 de julho, foi anunciado como novo reforço do Internacional, o clube gaúcho pagou cerca de 11 milhões de dólares ou cerca de 35,8 milhões de reais para contratar o jogador e contrato de quatro anos.
Marcou seu primeiro gol com a camisa do Internacional em jogo contra o Fortaleza, pela Copa do Brasil, na vitória por 3–0. Em sua primeira temporada, sofreu com algumas lesões, fazendo apenas 14 jogos e 1 gol, não conseguindo evitar o inédito rebaixamento do Internacional.
Em 2017, foi um dos destaques do time, e o vice-goleador na Série B, com nove tentos, um a menos que William Pottker. Em 16 de setembro, marcou o gol que fechou a vitória do Internacional sobre o Figueirense por 3–0, chegando a 14 gols no ano e ultrapassando Brenner, então no Botafogo, que tinha 13 gols. Na última rodada, marcou os dois gols da vitória por 2–0 sobre o Guarani, chegando a 17 gols e finalizando a temporada como artilheiro do Internacional, além do acesso para a Série A de 2018, após o vice-campeonato na Série B.
Marcou seu primeiro gol na temporada 2018 no dia 21 de janeiro, na vitória por 3–0 sobre o Novo Hamburgo, em partida válida pela segunda rodada do Gauchão. Em 21 de março, marcou seu primeiro gol num Grenal na vitória por 2–0, na partida de volta das quartas de final do Gauchão, mas o Inter acabou eliminado no placar agregado.
Na estreia do Internacional no Campeonato Brasileiro, marcou os dois gols da vitória sobre o Bahia por 2–0.
Seleção Uruguaia
Disputou o Sul-Americano Sub-20 de 2013, onde foi artilheiro do campeonato com seis gols, e a Copa do Mundo FIFA Sub-20 de 2013, conquistando o segundo lugar ao perder para a França. Também recebeu a Bola de Prata como o segundo melhor jogador do torneio, perdendo apenas para o francês Paul Pogba.
Clubes
Estatísticas
Club | País | Año | Partidos | Goles | Asistencias | Prom. G-A |
---|---|---|---|---|---|---|
Nacional | Uruguay | 2011 - 2012 | 6 | 3 | 0 | 0,50 |
Roma B | Italia | 2012 - 2013 | 14 | 17 | 0 | 1,21 |
Roma | Italia | 2013 | 7 | 1 | 0 | 0,14 |
Udinese | Italia | 2013 - 2014 | 27 | 3 | 1 | 0,14 |
Hellas Verona (préstamo) | Italia | 2014 - 2015 | 25 | 5 | 2 | 0,28 |
Granada (préstamo) | España | 2015 - 2016 | 10 | 0 | 0 | 0,00 |
Nacional (préstamo) | Uruguay | 2016 | 27 | 14 | 3 | 0,63 |
Internacional | Brasil | 2016 - Presente | 75 | 25 | 5 | 0,40 |
Total | 185 | 65 | 11 | 0,41 |
- Actualizado el 1 de agosto de 2018.
Palmarés
Campeonatos regionales
Título | Equipo | Sede | Año |
---|---|---|---|
Campeonato Gaúcho | Internacional | Brasil | 2017 |
Torneos nacionales
Título | Club | País | Año |
---|---|---|---|
Campeonato Uruguayo | Nacional | Uruguay | 2010-11 |
Campeonato Uruguayo | Nacional | Uruguay | 2011-12 |
Distinciones individuales
Distinción | Año |
---|---|
Máximo goleador del Sudamericano Sub-20 (6 goles) | 2013 |
Balón de Plata en la Copa Mundial Sub-20 | 2013 |
Falaram dele:
O CARA DO JOGO
29/07/18
Nico López é o símbolo deste grande momento do
Inter no Brasileirão
Uruguaio, depois de dois anos no Beira-Rio, assume o protagonismo que
fez o clube comprá-lo
A
escalada do Inter neste Brasileirão,
confirmada com a vitória de 3 a 0 sobre o Botafogo e o lugar no G-4,
coincidiu com a afirmação de uma das mais caras contratações recentes do
Inter. Nico López, depois
de dois anos, parece finalmente desembarcar de vez em Porto Alegre. Antes do
recesso para a Copa do Mundo, ele já
mantinha uma regularidade, a sua principal dificuldade desde a chegada ao
Beira-Rio. Na retomada do Brasileirão, mais do
que manteve, elevou sua régua. Assumiu o protagonismo e um lugar no no
time.
Seja pelo meio, por trás do centroavante,
pela esquerda ou pela direita, como no 3 a 0 sobre o Botafogo, o uruguaio desponta como o principal
construtor dos lances ofensivos do Inter. Um armador que também joga em função
do gol, que busca o espaço sempre para o chute, seja de esquerda ou de
direita.
Contra o Botafogo, ele deu dois chutes a
gol e dois para fora, deu duas assistências, dois cruzamentos e acertou 60% dos
passes. Números excelentes e que mostram participação efetiva. A cereja do bolo
vem nas divididas: venceu três em quatro.
O
resgate de Nico López é obra de Odair Hellmann. Trata-se de um jogador que
passou pelas mãos de cinco técnicos. Nenhum deles conseguiu resgatá-lo do mundo
próprio em que vivia. Odair fez de Nico um jogador coletivo e comprometido com
o time sem tirar-lhe um milímetro de sua técnica, do seu drible e,
principalmente, sua aptidão para o gol. É como se o Inter recebesse, com dois anos
de atraso, uma versão atualizada do principal jogador da Libertadores
2016.
ZERO HORA - PORTO ALEGRE
La reconstrucción de Nico: como o Inter transformou
o atacante uruguaio em um dos principais nomes da temporada
Titular
de Odair Hellmann, confiante, em alta, e solidário ao time, Nico López ganha
vaga na equipe e é um dos "indiscutíveis" do Inter em 2018
Nico López é a primeira
cobaia do mais novo projeto do Inter para melhorar o desempenho de
seus jogadores. O atacante de 24 anos passa por um processo interdisciplinar
que visa a lhe dar suporte em todas as áreas: física, técnica, tática,
fisiológica, nutricional, médica e psicológica. Se o laboratório continuar
dando bons resultados, o plano é estendê-lo para mais atletas, principalmente
nas categorias de base.
O primeiro passo
para o uruguaio dar o salto de qualidade que há tanto se esperava foi uma
conversa com o vice de futebol, Roberto Melo, seguida de um encontro com o novo
executivo do clube, Rodrigo Caetano. O próprio Nico López tratou de elogiar o
dirigente na entrevista coletiva que concedeu na quinta-feira, no CT Parque
Gigante, após o treino. O jogador não quis revelar o teor do assunto, mas
afirmou ter sido um ponto importante na guinada.
Basicamente, a
conversa tirou Nico da Nicolândia. Aqui vale o parêntese: Nicolândia foi
uma brincadeira surgida nas redes sociais para descrever o comportamento do
atacante em algumas partidas, em que, simplesmente, parecia desligado do que
ocorria. O próprio atleta chegou a postar uma foto ironizando isso, depois de
marcar um gol importante no ano passado.
Além dos
dirigentes, integrantes da comissão técnica conversaram com o uruguaio. Porque,
de fato, quando não está na Nicolândia, ele é um dos melhores atacantes do
país. Dono de um pé esquerdo habilidoso e goleador, precisava resolver algumas
questões que pareciam lhe fazer perder o foco, tanto dentro quanto fora de
campo.
Depois de conseguir
superar alguns problemas familiares, Nico encontrou uma casa no condomínio onde
mora para receber parentes e amigos, principalmente vindos do Uruguai. Pôde,
assim, ver mais frequentemente seu filho, que vive no país
vizinho. Isso o ajudou no aspecto psicológico. Com a mente tranquila, tudo o
que precisava fazer era se concentrar no esporte.
Nico saiu de casa
ainda adolescente. Foi estrela de um Mundial sub-20 em 2013, quando conduziu a
seleção charrua ao vice-campeonato, perdendo para a França. Nico foi o Bola de
Prata da competição, perdeu para Paul Pogba. Dali, voou para a Europa.
Inicialmente, para jogar na Roma. Mas acabou cedido a outros clubes, como
Udinese e Verona.
Na terra de Romeu e
Julieta, trabalhou com o técnico Andrea Mandorlini. O treinador afirma ter
belas recordações do "bravo ragazzo":
Ele tinha muita
velocidade e força na perna esquerda. Formou um bom ataque jogando próximo a
Luca Toni. Fico feliz de saber que se encontrou aí no Inter. Aqui, o que
realmente lhe atrapalhou foi que cobramos muito uma disciplina tática que ele
não tinha, talvez por ser muito jovem. Em um futebol com outra cultura ou
entendendo que precisa também trabalhar na fase defensiva, sem dúvida será
muito útil.
Nesse ponto, entrou
em cena Odair Hellmann. O técnico
conversou com o jogador. Explicou-lhe que, em alto nível, é preciso que todos
colaborem na frente e atrás. E que sejam versáteis, não se atenham a apenas uma
posição.
Tem uma estrutura
tática. Não só com Nico, mas com outros jogadores também. Um aspecto tático e
fortalecimento coletivo, isso colabora para que individualidades se fortaleçam,
e que o individual esteja a serviço do coletivo. Há movimentos que ele gosta de
fazer, e esperamos propiciar isso a ele. É uma troca: a equipe oferece alguma
coisa a ele, e ele dá algo diferente ao time. Nico tem movimentos de jogo que
ele se sente melhor, estamos proporcionando isso. Mas também ele participa da
fase coletiva do jogo e todos crescem com isso - elogiou o treinador. - Mas
tudo isso tem muito do Nico. Há respaldo, conversa, cobrança e, também, mostrar
a realidade. Nico é um caso que, mais do que Rodrigo (Caetano), mais do que eu,
houve uma posição do Nico. As pessoas podem ser aconselhadas, mas, se ela não
quiser, não adianta. Nico se propôs a aceitar esse tipo de conversa e procurou
melhorar em todos estes aspectos. Houve entendimento das partes para o bem de
todos — completou Odair.
— Estou jogando bem
porque o time todo está bem. Mas ganhei confiança, força. Estou jogando do lado
direito, mas também pelo centro e na esquerda. Me sinto livre para fazer as
movimentações. Melhorei e tenho de melhorar ainda.
A polivalência do
uruguaio lhe deu estabilidade para, enfim, ganhar sequência. Se até então havia
dúvidas sobre qual seria seu posicionamento ideal, ele tratou de terminar com a
polêmica.
Destacou-se como
meia-armador contra o Vasco, por exemplo.
Depois, jogou aberto pela direita com o Atlético-PR e fez as
jogadas dos dois gols colorados. Diante do Botafogo, fez de tudo um
pouco: iniciou na ponta direita, flutuou para o meio e andou até do lado
esquerdo. Serviu Pottker em um e deixou Damião sem goleiro no outro gol.
No Brasileirão, colocou quatro
bolas nas redes dos adversários e deu duas assistências. Jogou 11 partidas,
seis (sendo as últimas cinco) como titular.
Para ter essa
sequência, Nico também passou por um processo de fortalecimento. Recuperou-se
de lesões, ganhou uma dieta especial do departamento de nutrição, teve reforço
muscular com o coordenador de performance Elio Carravetta. Está definitivamente
entrosado com os colegas. A ponto de virar uma espécie de guia para Jonatan Alvez, o outro
uruguaio do grupo.
Adaptou-se a Porto Alegre.
— Preciso deixar
uma coisa clara. Essa situação só está funcionando porque o Nico quer. Ele
entendeu a responsabilidade que tem, os sacrifícios que exige uma carreira no
esporte. Talento, dom para o futebol, ele já tem. O que fazemos é colocar a
estrutura do clube à disposição para que ele tenha condições de explorar todo o
potencial que tem — comenta Rodrigo Caetano.
O dirigente está
encantado com a resposta do uruguaio. Ele lembrou que buscou
informações sobre Nico quando ainda exercia o cargo no Flamengo e o camisa
7 era o destaque do Nacional-URU na Libertadores de 2016. Entretanto, o clube
carioca ainda passava por reestruturação financeira e não pôde investir em sua
contratação.
O Inter contou com
apoio do empresário Delcyr Sonda para pagar os cerca de R$ 16 milhões pedidos
pela Udinese, dona de seus direitos econômicos. E isso tudo aumenta a carga
sobre o jogador.
— Era hora de Nico
pensar no que queria para sua carreira, para seu futuro. Por ter acompanhado
sua passagem pelo Nacional, entendia que ali estava uma joia, um talento a ser
lapidado. Não que ter sido contratado com investimento ou ser de alta
qualidade pode fazer ter tratamento especial. Nada disso. Ele é um dos tantos
casos que pretendemos seguir. É que como a resposta tem sido boa, aumenta a
visibilidade — resume Rodrigo Caetano.
O sonho do Inter é
implantar essa ajuda multidisciplinar na categoria de base. A parceria com a
empresa belga Double Pass mira justamente nisso. O plano é identificar os
talentos e as barreiras, agindo para derrubá-las e deixar o jovem mais pronto
para ser aproveitado pelo time principal.
Com Nico, está
dando certo. Tanto que ele já responde a perguntas sobre seleção. O técnico
Óscar Tabárez está buscando uma renovação no grupo e as vagas para a reserva de
Suárez e Cavani estão abertas. Na entrevista de quinta-feira, o jornalista
Martín Gomez de Freitas, da Rádio Universal de Montevidéu, lhe questionou sobre
a possibilidade de vestir a camisa celeste na Copa América que será disputada
no ano que vem, com uma das sedes sendo o Beira-Rio.
É um sonho
para todos os meninos jogar pela seleção de seu país — respondeu.
Se continuar fora
da Nicolândia, ele tem tudo, mesmo para estar no Beira-Rio (ou em qualquer
outro estádio brasileiro) na Copa América do ano que vem.
ZERO HORA - PORTO ALEGRE